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Piedade

A piedade é caminho necessário para alcançar o Cristo.

Quando na Terra, ainda muito imperfeitos, salientamos a ideia de perseguição dos prazeres, envolvem-nos as Entidades Superiores na misericórdia necessária concedia pelo Pai Celestial.

Apiedam-se de nós e programam sempre futuras oportunidades em que poderemos desenvolver as virtudes de que somos portadores.

Acontece que, mui frequentemente, confundimos piedade com pena e gracejamos em sociedade nossas penas como se fosse algo meritório, ao contrário, inibimos a fonte interior que promana o Bem, deixamo-la de segunda ordem, porque envergamos as máscaras imprescindíveis na visão materialista para a aceitação social.

Recorda nesses momentos do teu exemplo maior, aquele que se impõe com brandura e cautela, a ninguém diminuindo, a todos ajudando.

Na época em que aqui esteve, realizou diversas lições que deveriam ficar gravadas no nosso pensamento-ação, mas que se perdem diante de tantas frivolidades alimentadas.

Simão Pedro, após negar o Mestre três vezes, teve de olhar para si e apiedar-se, reconhecer-se falho, não, porém, parando a marcha.

Judas Iscariotes, apesar de tardio, apieda-se e para subtrair o peso ajuntado, doa a Vida na causa do Cristo.

Piedade, entretanto, não é sinônimo de conivência. É decisão justa que visa reconhecer os diferentes graus evolutivos.

Quando te ferirem a face, toma teu tempo para lembrar do Cristo, tenta ocupar a tua mente com outras vibrações mais sutis para que não te enraízes na auto-obsessão de que teu próximo se faz coautor.

Apieda-te de ti mesmo, na ciência de que como Simão Pedro, errarás, mas tem em mente que é preciso vigor para vencer-se a si mesmo.

Para que não caias nas proposições de que levar-se adiante, minará o problema ou lhe trará a resolução.

Com o amor do Cristo, examina a piedade que cultivas, se estagias na pena ignorante, ou já começa a entrever os raios luminosos da solidariedade.

Piedade é união, fraternidade, Cristo em nós, Deus no outro.

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