Bartolomeu, vai e vive!
- amoreluz228
- 27 de out. de 2024
- 1 min de leitura
Intrépido em sua convicção
Havia um homem solitário e sem ação
Certo de que era feliz em sua ilusão
Assumiu atitude ranzinza, facilitando a isolação
Em dia ensolarado
Depara-se conturbado
Ganhara, de repente, vizinhos
E seu coração egoísta, ficara anestesiado
Não procurou floreios
Olhou-os com mal humor e disse sem receios:
Até hoje, bem eu vivia
Em paz e tranquilidade
Era uma verdadeira harmonia
Vós chegastes e isto acabou
Por isso, não me tomem por amigo
E assim, volveu a casa
E se fechou
Pela janela por vezes via
Que brincavam crianças pelo jardim com demasiada alegria
Falava internamente
Como era infeliz aquela gente
Que teimava em lhe perturbar a mente
Certo dia, levantou-se indisposto
Parecia-lhe virose ou algo semelhante
Foi ao médico e descobriu a notícia alarmante
Era o eminente desenvolvimento de um câncer
Entristeceu-se, bradou à Deus
Logo ele que era tanto justo e consciente
Caíra numa cama doente
Para encerrar-se num triste fim
Porém, Deus, compassivo, respondeu-lhe assim:
Dei-te, meu filho, uma família afim
Não soubeste até agora aproveitar
Quando de regresso ao lar
Volta-te a eles, vai saudar
E nesse pequeno gesto, viverá
Bartolomeu, ensimesmado
Contrariado consigo mesmo
Chegou, viu-os e demonstrou pequeno sinal de apreço
Alegria se fez presente
No coração de toda essa gente
Que tinham Bartolomeu como débil parente
Quando cumprimos os desígnios do Criador
Não temos outra possibilidade
Senão desfrutar do simples e puro amor.
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